domingo, 12 de abril de 2009


Visões da chegada dos europeus, Astecas, maias e incas, Visões de Montezuma, Visões de Cortez, Visões de frei Bartolomeo de Las Casas


PROFESSORA NUCCIA ALVES





I- ORIGENS SOCIEDADE PRÉ -COLOMBIANAS


Estima-se que, no final do século XV, viviam na América cerca de 50 milhões de pessoas. Elas estavam distribuídas em sociedades muito diversas ente si, do ponto de vista cultural, político, econômico e social.
Essas civilizações apresentavam algumas características comuns como:
A agricultura como principal atividade econômica, favorecida por técnicas de irrigação do solo.
O domínio de técnicas aprimoradas de artesanato
As atividades de comercio
As praticas religiosas politeístas
Uma forte tradição guerreira
Conhecimentos matemáticos e de astronomia
I a - MAIAS
A civilização maia, que se desenvolveu na península de YUCATAN , na América central, alcançou seu apogeu no século VII.
A economia dos maias baseava-se principalmente no cultivo do milho, feijão e batata-doce. Eles não conheciam o uso do ferro, da roda, do arado e do transporte animal. A sociedade era dirigida por sacerdotes. Cada cidade era governada pelo HALACH UNINC ( o verdadeiro homem) , que dirigia a política interna e externa e recebia os impostos. Era lê que submetia candidatos a exames para o post de BATAB. E o que eram os batqabs . Eram os chefes locais, encarregados dos governadores das aldeias e representar o HALCH UINIC perante elas. Tinham ainda o comando de soldados mas as suas ações deveriam ser submetidas à NACOM, o chefe militar. Os funcionários menores eram os TUPILES, espécie de policiais, encarregados de fazer respeitar as leis.
A sociedade maia tinha o caráter fortemente religioso dando legitimidade inclusive ao poder . O Ahuacan (SENHOR DA SERPRETE) era o sacerdote supremo, tendo grande influencia sobre toda sociedade.
Pode-se dividir a sociedade em três grupos fundamentais:
· NOBRES-Forneciam os chefes locais e os quadros que irmã ocupar os cargos burocráticos , sacerdotes e guerreiros.As relações consangüíneas eram fundamentais .
· SACERDOTES: Era provavelmente o grupo de maior prestigio
· MAZEHUALOB: Era o povo. Morava na periferia das cidades constituíam a camada produtora.
· ESCRAVOS: Era a ultima camada geralmente prisioneiros de guerra.
Os maias construíram grandes templos, pirâmides e observatórios de astronomia, criaram um calendário bastante preciso e um sistema de escrita, desenvolveram a pintura mural e a arte cerâmica.
Na época da chegado do colonizador espanhol (final do século XV), a civilização maia esta em processo de dominação pelos astecas.


I b – ASTECAS

A civilização asteca desenvolveu –se a partir do século XII, na região do México atual; a capital era a cidade de Tenochitilán (atual cidade do México). Povo guerreiro, os astecas eram governados por um rei poderoso. plantavam milho, feijão, cacau, algodão , tomate e tabaco. Alem disso, comercializavam bens, como tecidos, peles, cerâmicas, sal, ouro e prata. Desconheciam o uso do ferro, da roda e dos animais de cargas. Dominavam, entretanto, a técnica de ouvesaria (trabalhos manuais em ouro) da cerâmica e da tecelagem os astecas construíram grandes templos religiosos, desenvolveram uma escrita primitiva e um calendário próprio. A história da conquista do império Asteca pelos espanhóis teve inicio em fevereiro de 1519 quando Hernan Cortez desembarcou na península de ycatan. Informado da grande quantidade de ouro existente no território asteca, Cortes decidiu ataca-lo. Combinando violência e habilidade, prendeu MONTEZUMA e saqueou a cidade de TENOCHITTLAN.

Você sabia?

Que a educação dos meninos nos primeiros anos limitava-se a bons conselhos e trabalhos na lavoura. Aos quinze anos, os jovens podiam entrar em dois centros de ensino. Os comecas, espécie de templo ou mosteiro , só para aos mais ricos – Os telpochacalli, em geral , formavam cidadãos para atuar no comercio, em postos menos elevados no Estado ou atividades militares. Quanto às meninas a educação cabia a mãe e eram preparadas para as tarefas domésticas. Casavam- se cedo.
A sociedade asteca era bastante hierarquizada. As roupas indicavam a posição social da pessoa
A RELAÇÃO DOS ASTECAS COM A ASTRONOMIA
Isso se deve ao fato de que a religião dos astecas era astral, isto é, baseava-se nos astros. Vale lembrar que os astecas entraram em contato com outros povos vizinhos e absorveram muitos elementos das culturas desses povos.
I C – INCAS

A Civilização Inca desenvolveu-Se Nas regiões que hoje correspondem às partes do Peru, do Equador e do norte do Chile, alcançando seu período de, mas esplendor por volta do século XIV. O império inca, com capital na cidade de CUZCO, chegou a ter uma população de 20 milhões de habitantes, governado por um imperador considerado Deus filho do sol (o inca). Para governar, o imperador contava com chefes militares, governadores de províncias, sacerdotes e muitos funcionários.
A economia dos incas baseava-se no cultivo da batata e tabaco. Desenvolveu a tecelagem, a cerâmica, a metalúrgica do bronze e do cobre; sabiam trabalhar metais precisos como ouro e prata, e utilizavam o Ihama com animal de carga. Construíram palácios, templos, estradas pavimentadas, aquedutos e canais de irrigação. Não desenvolveram um sistema de escrita, mas sabiam registrar números e acontecimentos pro meio dos quipus. A conquista do império inca foi iniciada a partir de 1531, por Francisco Pizarro em 1533, Pizarro consegui invadir a capital inca, desestabilizado todo império.

II- AMÉRICA: TERRA DE GRANDES CIVILIZAÇÕES
Religião e organização social no Império Asteca

Deuses cultuados pelos astecas : Os astecas eram politeístas, isto é, acreditavam em vários deuses. No início, a religião dos astecas era muito simples, mas foi se tornando mais complexa quando eles foram entrando em contato com outros povos vizinhos, dos quais forma incorporando novos elementos. A lista de divindades cultuadas pelos astecas era bastante extensa. Quetzacoatl, a serpente de plumas, no início, era uma divindade que representava a fertilidade e, com o passar do tempo, se transformou, passando a representar as idéias de morte e ressurreição; Tezcatlipoca, deus da noite, era invisível e sedento por sangue humano; Tláloc, deus que trazia tanto a chuva, que tornava os campos férteis, quanto o trovão e o granizo; Huitizilopchtli, deus guerreiro que representava o Sol do meio-dia; Xipe-Totec, divindade dos ourives, e que se revestia com a pele de um homem esfolado.

III- cortez e a conquista do império asteca

Com o auxilio de cerca de 400 homens, 17 cavalos, 10 canhões e poucas armas. Cortez conseguiu com relativa facilidade dominar o império Asteca, o maior da Mesoámerica, que contava com um exército estimado em 500 mil homens. Como isso foi possível? Algumas hipóteses foram formuladas:
Superioridade da tecnologia militar dos espanhóis. Cortez pôde vencer os astecas com o uso de armas de fogo, especialmente canhões, e de cavalos que os astecas desconheciam;
Ajuda de aliados locais. As populações submetidas por astecas, sendo obrigadas a lhes pagar tributos, aliaram-se aos espanhóis contra os inimigos comum.
Contaminação dos astecas por doenças. Sem proteção natural contra s doenças como varíola, turbeculose e gripe, trazidas pelos europeus , grande parte dos astecas adoeceu e morreu, facilitando a conquista.
Os astecas imaginaram que os europeus eram deuses. Procurando interpretar os conhecimentos a partir de usas referencias culturais, os astecas pensaram que a chegada dos europeus fosse a concretização das profecias anunciavam o fim do quinto e ultimo sol
Informação: arma poderosa.Numa guerra, a informação pode ser a arma mais valiosa. Conhecer bem o inimigo costuma ser uma grande vantagem estratégica. Os espanhóis obtiveram essa vantagem em relação aos astecas e souberam explorá-la muito bem. Cortéz contou com a ajuda de guias e intérpretes, por meio dos quais, obteve muitas informações a respeito da situação do Império Asteca. Antes de chegarem ao México, Cortéz e seus soldados estavam em Cuba. Isso porque a colonização espanhola em terras americanas teve início nas ilhas do Caribe e das Bahamas. Como havia ouro nessas ilhas, os espanhóis acreditavam que esse metal deveria existir em grande quantidade em todo o continente americano. Assim, Cortéz partiu de Cuba e desembarcou no litoral do que hoje é o México. Pouco após a sua chegada, encontrou duas pessoas que lhe foram muito úteis: Jerônimo Aguilar, um náufrago espanhol, e Malinche, uma jovem indígena. Aguilar havia sido prisioneiro dos maias na península de Yucatán e conhecia a língua maia, que era um dos idiomas falados no Império Asteca.Malinche era uma das vinte jovens prisioneiras que foram oferecidas como presente pelos indígenas a Cortéz quando ele chegou a Tabasco, uma das várias províncias do Império Asteca. Ela odiava os astecas, de quem pretendia se vingar. Não se sabe ao certo a qual povo específico Malinche pertencia, mas é provável que fosse de origem nahua, povo que habitava a região central do México e que, provavelmente, se originou no que hoje é o sudoeste dos Estados Unidos. Em três anos 1519-1521, os espanhóis destruíram a cidade de Tenochtitlan .
III a- a visão de cortez

Com a ajuda de guias e intérpretes, Cortéz logo teve acesso a uma informação das qual soube tirar muito proveito: de que ele estaria sendo confundido com um deus asteca, Quetzacoatl. Na visão dos astecas, a chegada de Cortéz significava a realização de uma profecia, segundo a qual, Quetzacoatl retornaria e assumiria o trono em Tenochtitlán (ao que tudo indica, essa profecia foi feita após a chegada dos espanhóis, como uma forma de tentar explicar a chegada daqueles homens que eram tão estranhos para os astecas).Por isso, quando chegou à Tenochtitlán em novembro de 1519, Cortéz, que vinha acompanhado dos soldados espanhóis e de milhares de guerreiros indígenas aliados, recebeu as boas vindas de Montezuma 2º, o imperador asteca. O próprio Montezuma 2º teria acreditado que Cortéz fosse mesmo o deus Quetzacoatl.
Porém, pouco tempo depois, o imperador asteca percebeu que estava equivocado a respeito de Cortéz. Já era tarde demais. Montezuma foi feito prisioneiro pelos espanhóis, que logo começaram a tomar todos os objetos de ouro dos astecas
Você sabia?


Cotez encontrou na América uma diversidade social. O choque cultural entre elas e o invasor foi profundo e irreversível. Uma das expressões desse choque se revela nas diferentes atitudes assumidas por espanhóis e astecas diante de metais preciosos. Enquanto os primeiros tinham se lançado á aventura das navegações em busca de ouro e prata, os últimos viam nesses metais apenas um material de útil para confecção de adornos impressionados com o comportamento dos espanhóis diante daquele metal amarelo, um indígena chegou a dizer que “iguais a macacos. (eles) enchiam as mãos com ouro”; “nós espanhóis sofremos de uma doença do coração, cujo remédio especifico consiste no ouro”. Justificava o conquistador Hernan Cortez


























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